A produção industrial teve queda em nove dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), na passagem de agosto para setembro. Os principais recuos foram no Ceará (-4,4%) e Amazonas (-4,0%). Outros estados com recuos mais intensos do que a taxa nacional (-0,4%) foram Goiás (-2,3%), Mato Grosso (-2,2%), São Paulo (-1,0%), Pará (-0,6%) e Santa Catarina (-0,5%). Os resultados da PIM Regional foram divulgados hoje (10) pelo IBGE.
De todos os estados, a maior influência veio de São Paulo, que responde por cerca de 34% da produção industrial do país. A queda de 1,0% frente a agosto foi pressionada pelo setor de alimentos e, em menor escala, pelo setor de derivados do petróleo. Com isto, o estado se encontra 23,5% abaixo de seu patamar de produção mais alto, atingido em março de 2011, e ainda 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia.
Bernardo Almeida, analista da pesquisa, explica que os efeitos da pandemia da COVID-19 vêm sendo atenuados desde agosto de 2020, com a flexibilização das medidas restritivas. “A partir de agosto do ano passado, já temos uma produção mais regularizada. E começamos a perceber as consequências da pandemia para a produção industrial: desabastecimento de insumos, aumento no custo da produção, redução do consumo das famílias por conta de inflação e desemprego. Tudo isso afeta a cadeia produtiva”, comenta Bernardo. “Mesmo com a pandemia desacelerando, as consequências persistem”.
Em setembro, apenas quatro locais apresentavam produção industrial acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020: Santa Catarina (5,2% acima), Rio de Janeiro (1,7%), Paraná (1,6%) e, em destaque, Minas Gerais (10,2% acima), o único que se mantém desde julho do ano passado.
Em relação a setembro de 2020, 11 locais tiveram queda
Na comparação com setembro do ano passado, as quedas mais intensas ocorreram na Região Nordeste (-13,7%), Amazonas (-13,5%), Bahia (-13,3%) e Ceará (-12,3%). No caso da Bahia, especificamente, destacam-se as perdas no setor de veículos, por conta da saída de uma importante indústria montadora do estado. “A queda na produção de automóveis e autopeças teve impacto na região Nordeste como um todo, explica Bernardo Almeida”.
Também houve quedas em Mato Grosso (-8,3%), Goiás (-8,2%), Pará (-7,9%), Pernambuco (-5,8%), São Paulo (-5,6%), Rio Grande do Sul (-4,4%), e Espírito Santo (-0,2%). Já Rio de Janeiro (5,3%) e Minas Gerais (5,0%) tiveram os maiores avanços em setembro de 2021.
Mais sobre a pesquisa
A Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional produz, desde a década de 1970, indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação. Traz, mensalmente, índices para 14 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 1% no total do valor da transformação industrial nacional e, também para o Nordeste como um todo: Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Região Nordeste.
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O post “Indústria tem queda em 9 dos 15 locais pesquisados em setembro” foi publicado em 10th November 2021 e pode ser visto originalmente diretamente na fonte Home