Pessoas queridas, ontem fui vacinada contra a covid, até que enfim! Deixei uma mensagem no Twitter que foi muito comemorada (um monte de “parabéns” ), mas decidi fazer um post no blog pra ficar como registro, até porque encontrar coisas aqui é bem mais fácil que no Twitter.
Então. A vacinação ontem não foi tão tranquila como nas duas vezes do maridão (a primeira perto de casa, a segunda num drive-thru no Arena Castelão, tudo muito eficiente). Me mandaram pra muito longe, uma meia hora de distância de carro (o que, pros critérios de Fortaleza, é distante pacas). Chegando lá, tive que esperar quase uma hora na fila — não era drive-thru — sem grande distanciamento. E ainda por cima havia um bolsonarista espalhando as asneiras que ele recebe no Whats, como que pra cada morto por covid o governo do Estado ou a prefeitura, ele não sabe ao certo, ganha 19 mil reais.
Já dentro do posto, e sentada, uma senhora do meu lado contou que toda semana tomava uma vitamina chamada Sunny que a vizinha dava pra ela, e que foi por isso que não pegou covid . Ai, ai…
A injeção em si foi rápida e não doeu nada. Imagino que todo mundo lá ontem recebeu a mesma vacina que eu, da Pfizer (até meados de maio, no Brasil, 59% de todos os vacinados — apenas 21% da população adulta — recebeu a Coronavac, 30% a AstraZeneca, e só 1% a Pfizer), e que o retorno foi marcado para o final de agosto. Algumas pessoas no Twitter perguntaram se três meses de espera até a segunda dose não era tempo demais, mas vi que em outros países esse também costuma ser o intervalo. e até que essa espera é benéfica, porque gera maiores anticorpos .
A vantagem da Pfizer é que, com duas a quatro semanas após a primeira dose, a eficácia já chega a 85%. Depois da segunda dose, passa a 95%. Mas no começo, antes desses quinze dias, a eficácia é de apenas 47%. Portanto, tem que esperar bem essas duas semanas passarem pra.. pra… pra nada, já que vamos seguir tomando todas as medidas de segurança com máscara, distância, isolamento, e aulas só online.
Ontem à tarde tive alguns efeitos colaterais, o que é totalmente normal. Não são estudos comparativos , mas a Coronavac rende efeitos em 40% dos vacinados, a Pfizer, em 66%, e a AstraZeneca, em 80%. Ou seja, no caso das vacinas mais eficazes, efeitos colaterais são a norma, não a exceção. Nada muito grave. Esses efeitos podem incluir dores de cabeça, febre, calafrios, diarreia, dores musculares, fadiga, e principalmente dor no braço do vacina. Nenhum registro de alguém ter virado jacaré até agora.
Ah, uma coisa que ninguém fala, mas que várias mulheres já perceberam: pode causar menstruação de semanas. Talvez os laboratórios não tenham registrado esse efeito colateral porque testaram com pessoas mais velhas, pós-menopausa. Talvez porque não ligam muito pra efeitos em mulheres cis (e homens trans). É algo que ainda precisa ser divulgado.
Eu fiquei bastante derrubada ontem à tarde. Dormi duas horas, senti muito calor, e dor no braço da vacina. Mais adiante tomei algumas gotinhas de dipirona (paracetamol também é recomendado) e a dor passou quase que na hora. Dormi bem à noite e hoje estou ótima.
Estou muito, muito feliz por ter sido finalmente vacinada! Viva o SUS! E espero que todo mundo consiga ser imunizado em breve. Só de pensar em quantas vidas poderiam ter sido poupadas se a vacinação tivesse começado no final do ano passado me dá muita raiva do genocida. Ele tem que ser preso! Agradeço a todas e todos que se arriscaram ontem para protestar contra o pior governo de todos os tempos!
O post “VACINADA!” foi publicado em 30th May 2021 e pode ser visto originalmente na fonte Escreva Lola Escreva