Um grupo de 19 venezuelanos que vive em Santa Catarina começou uma nova fase profissional no Brasil no último mês, após ter sido contratado por uma fábrica têxtil em Santa Catarina .
Em ação conjunta de Organização Internacional para as Migrações (OIM) e Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), com o apoio de Serviço Pastoral dos Migrantes de Santa Catarina e Círculos de Hospitalidade, os refugiados e migrantes conquistaram um novo emprego na Fábrica Círculo em Gaspar, a 130 km da capital do estado.
A contratação foi possível graças à articulação das diferentes organizações envolvidas, que buscaram diretamente a empresa.
“O trabalho em estreita coordenação e colaboração com a sociedade civil e o setor privado tem possibilitado a soma de capacidades e esforços e, com isso, a identificação de oportunidades mesmo em meio a um contexto desafiador como o atual”, relata a coordenadora de projeto da OIM em Santa Catarina, Yssyssay Rodrigues.
Os novos funcionários trabalharão em diversos setores da linha de produção de fios e linhas e se somarão à equipe da fábrica que já conta com funcionários de outras nacionalidades. Eles irão contribuir para um ambiente de trabalho culturalmente diverso incentivado pela organização.
“Os produtos da Círculo contribuem para a geração de renda de milhares de artesãs e artesãos em todo o Brasil, e essa integração cultural faz parte do papel social que a empresa representa”, destaca a gerente de Recursos Humanos da Círculo, Rosane Melo.
A Fábrica Círculo, que surgiu em 1938, é hoje uma das maiores indústrias têxteis do Brasil.
Dentre os novos empregados está a venezuelana Wilmarys D., de 18 anos, que chegou ao país em 2019 acompanhada de sua tia, deixando na Venezuela sua mãe e irmã. Antes de chegar a Santa Catarina, ela viveu quase um ano nos abrigos em Boa Vista (RR).
Abrigada desde fevereiro na Casa de Passagem gerida pelo Serviço Pastoral dos Migrantes em Florianópolis, a jovem não esperava conseguir um emprego formal em meio à pandemia.
Ela sonha em ser escritora e, com o salário de seu primeiro emprego, pretende ajudar a família na Venezuela e pagar seus estudos no Brasil. “Estou muito feliz porque as pessoas foram muito boas, me ajudaram a conquistar um novo emprego”, conta.
Essa iniciativa é realizada no marco do projeto “Oportunidades – Integração no Brasil”, implementado pela OIM e realizado com o financiamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Fonte
O post “Grupo de 19 venezuelanos consegue emprego em fábrica têxtil de Santa Catarina” foi publicado em 23rd June 2020 e pode ser visto originalmente diretamente na fonte ONU Brasil