Hoje (25/05) por volta das 7h50, o helicóptero da Globo flagrou imagens de algas dentro do Guandu e a poucos metros de onde é feita a captação da água para a estação de tratamento da Cedae
Ambientalistas denunciam mais uma vez aumento na concentração de esgoto na Bacia do Rio Guandu, de onde sai a água para abastecer o Rio de Janeiro. Segundo eles, as condições pioraram bastante por causa da falta de chuvas.
Crise da água
No início do ano, moradores do Rio de Janeiro sofreram com uma crise no fornecimento de água. Eles reclamavam da qualidade da água fornecida pela Cedae, que estava turva, com gosto de terra e odor.
O problema atingiu, pelo menos, 86 bairros do Rio e seis cidades da Baixada Fluminense.
A Cedae informou à época que o problema era causado por uma substância chamada geosmina, que não representa risco à saúde dos consumidores.
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Entre as medidas adotadas pela Cedae para tratar a água estava o uso de carvão ativado.
A crise, no entanto, revelou falhas no sistema de captação da empresa, mostrou que a área onde a água é armazenada sofre a influência de rios contaminados com detritos.
O problema levou à demissão de Hélio Cabral Moreira do cargo de diretor-presidente da Cedae; à exoneração do Chefe da Estação de Tratamento de Água Guandu, Júlio César Antunes, que trabalhava na Cedae havia 30 anos; e ao afastamento do diretor de saneamento e grande operação da companhia, Marcos Chimelli.
A Estação do Guandu
A Estação de Tratamento do Guandu tem uma vazão de 43 mil litros de água por segundo: o suficiente para abastecer uma população de 9 milhões de pessoas no Rio e em outros 7 municípios da Região Metropolitana.
Todos os dias, o processo de tratamento consome 210 toneladas de produtos químicos. O tratamento começa logo depois da captação da água do Rio Guandu. Em seguida acontecem os seguintes procedimentos:
- A desarenação retira partículas de areia presentes na água.
- Depois, vem a utilização de produtos químicos – sulfato de alumínio e cloreto férrico – que servem para unir as partículas mais finas.
- Em seguida, ocorre a filtração, feita com areia e/ou carvão antracitoso.
- Neste momento deve entrar o carvão ativado pulverizado.
- Por fim, acontecem os procedimentos finais, de desinfecção, com cloro, a injeção de flúor, para auxiliar na prevenção da cárie dentária e a correção de Ph com cal hidratada ou cal virgem, para evitar a corrosão das tubulações.
- A água é bombeada para um reservatório público e ainda recebe mais flúor antes de chegar aos consumidores.
Fonte: G1 .
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