As forças de paz das Nações Unidas podem ter mais eficiência se atuarem de forma mais próxima às populações locais, afirmou o general brasileiro Ricardo Augusto Costa Neves , novo comandante do componente militar da Missão de Estabilização da ONU na República Democrática do Congo (MONUSCO).
Recentemente, o oficial fez a primeira viagem de campo à região de Beni, na província do Kivu do Norte, leste do país, onde capacetes-azuis acompanham ações para barrar grupos armados.
O general brasileiro disse contar com resultados de seus predecessores para continuar a trabalhar no terreno com forças de segurança congolesas. A região central da África tem sentido o impacto dos conflitos na República Democrática do Congo.
“Tenho a convicção de que precisamos aumentar e intensificar o nosso patrulhamento. Estamos mais próximos da população. A população precisa sentir que estamos unidos. Ao sairmos em patrulha, temos que buscar o contato a população”, disse o general em entrevista à ONU News.
“Conversar com eles (a população local) e com os líderes, para que se sintam protegidos e para que também alimentem nosso sistema de inteligência. Com isso, a nossa missão vai ser mais visível. Nós até podemos explicar melhor para todos quais são as condicionantes do nosso mandado, o que nós podemos fazer e o que não podemos fazer para não criar falsas expectativas.”
O general foi nomeado em dezembro chefe da maior operação de paz do mundo, assumindo o cargo em janeiro. No terreno, ele disse acreditar que uma ação mais coordenada com civis e forças locais beneficia a operação internacional, que atua com cerca de 14 mil homens.
Em sua experiência de 30 anos, o general também atuou para a manutenção da paz em território angolano, como observador militar na Missão de Verificação III das Nações Unidas em Angola, entre 1995 e 1996.
Além de apoiar as forças de segurança congolesas na resposta aos grupos armados, a MONUSCO tem uma força de intervenção rápida para atos hostis. As tropas da missão ajudam os trabalhadores humanitários internacionais na emergência para combater o surto de ebola.
A operação de paz presta assistência ao reforço do sistema judicial congolês para combater a impunidade, fornece auxílio à ação humanitária e combina diversas ações para neutralizar as tensões sociais e políticas na República Democrática do Congo.
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